01 dezembro 2003

Blog canónico?

Deparei agora com a Causa Nossa.
Um novo blog, colectivo, em que se pode encontrar a fina flor da nossa intelectualidade, de tendência socialista.
Este grupo promete que a sua Causa será, ela sim, o blog dos blogs, a referência:
Respeitaremos os cânones mais exigentes de um espaço público de opinião. Este espaço não pretende ser uma expressão fútil de confessionalismos pessoais nem de proselitismos ideológicos ou políticos.
Será que não se enganaram na porta?
Será que o espírito blogista será mesmo o dos "cânones mais exigentes"? ou antes uma certa anarquia na forma e no conteúdo, mais liberdade de intervenção do que preocupações "canónicas".
Os blogs nasceram livres e assim se têm multiplicado - no dia em que respeitarem os doutos cânones, mesmo que inspirados na mais exigente e assaz densa intelectualidade de esquerda, nesse dia, o movimento blog morreu.
No Sumo de Laranja, sabemos que não somos referência, mas nunca ousamos a tanto - apenas e só, partilhar ideias, promover discussão política neste novo meio que pode ser, se bem aproveitado, uma das mais genuinas expressões da palavra Democracia.

30 novembro 2003

Constituição democrática II

Os pactos MFA-Partidos, o que foram senão processos de condicionamento da actividade democrática e de livre discussão das melhores opções para o futuro de Portugal?
O COPCON, durante muito tempo dirigido por essa referência da nossa democracia, Otelo Saraiva de Carvalho, actuou ou não em plena vigência dos trabalhos da Assembleia Constituinte?

A Assembleia Constituinte foi ou não, certo dia, sequestrada por trabalhadores entusiasticamente saudados pelas forças de esquerda revolucionária e comunista, perante a passividade das autoridades de segurança?

Terá sido em clima de ampla liberdade, ou seja de livre expressão e respeito pelas ideias democráticas, fossem de direita ou de esquerda, que se foram redigindo os artigos da Constituição?

Porque será que naquela época, todos os partidos admitiam que Portugal caminhava para alguma forma de socialismo? Seria por sentirem um "ambiente democrático"?

Constituição democrática?

Foi grande o alarido entre a esquerda pensante,
à volta das declarações do primeiro-ministro sobre o contexto pouco democrático que envolveu a génese da nossa Constituição.
Desde a imprensa escrita, a blogs alaranjados, parece que Durão Barroso cometeu um sacrilégio, autêntica barbaridade reaccionária.

Para os mais esquecidos, aqui vão algumas passagens retiradas do texto constitucional português de 1976, ainda que possam parecer, para os mais distraídos, transcrições da constituição de uma das "saudosas" repúblicas socialistas do Leste. Claro que um dos guias da revolução que tinha então honras de figura constitucional era...o tão democrático Conselho da Revolução, constituído por ... militares.

No Comments:

"Portugal é uma República soberana, (...) empenhada na sua transformação numa sociedade sem classes" (versão original do Artº 1º).

A República Portuguesa é um Estado (...) que tem por objectivo assegurar a transição para o socialismo" ( versão do art.º 2º)

"São tarefas fundamentais do Estado...

promover o bem estar e a qualiade de vida do povo, a igualdade real entre os portugueses...(...) mediante a transformação das estruturas económicas e sociais, designadamente a socialização dos principais meios de produção ...". ( Do art.º 9º)

22 novembro 2003

Déficits

A esquerda está ufana com o descontrole das contas públicas.
Será que ouviram Medina Carreira a dizer, alto e bom som, que quem defende outra política que não a actual não está a ser sério?
Hoje também vem no Público, bem explicado, onde está razão do aumento do défice nominal: tem havido controle das despesas. A receita é que escasseia e essa depende do dinamismo da economia, que, em tempo de crise internacional, demora a arrancar.
Para os detractores das alegadas manigâncias na contabilidade pública, pergunta-se: então que alternativa oferecem aos portugueses? mais impostos? não cumprir os critérios europeus?
Eu prefiro uma ministra das finanças rigorosa e ao mesmo tempo criativa na gestão das finanças públicas, que se esforça em poupar os portugueses a mais sacrifícios do que os estritamente necessários.

Outras laranjas

Parece que em tempo de gripes as laranjas começam a proliferar.
Hoje deparei com laranja amarga tem em comum com o sumo de laranja, apenas o fruto. De resto, na política, como na vida, uns tentam tirar o sumo outros ficar com amargos de boa, como os velhos do restelo.
Mas apesar de tudo merece uma visita, esta laranja amarga, pela qualidade técnica e pertinência de alguns posts . Apesar de cheirar muito a sulista, a esquerda caviar.

09 novembro 2003

Nos 90 anos de Cunhal, Adeus Lenine

Nem de propósito, calhou de ir ao cinema ver o Adeus Lénine quando se comemoram os 90 anos de Álvaro Cunhal.
Como veria Álvaro Cunhal um filme como Adeus Lénine?
A verdade é que,ao contrário da senhora alemã que em estado de coma não assistiu à queda do muro e depois foi poupada à realidade por um filho extremoso que montou todo um cenário virtual para evitar um segundo choque à sua mãe, a Àlvaro Cunhal estava reservado um outro papel: o de assistir à queda dos mitos comunistas e de todo o império soviético, sem que nada nem ninguém lhe permitissem evitar a realidade.
Ele sabia, ele sempre soube muito bem o que era o comunismo, para lá da cortina de ferro.
Ele, ao contrário daqueles leste-alemães que viviam sob uma ficção, conhecia as duas realidades, e no entanto...
Comunismo, socialismo, significou muito mais do que a expressão de toda uma sociedade carenciada, deprimida, uma opressão sem apelo.
Álvaro Cunhal conhecia tudo isso, mas acreditou que esse era, apesar de tudo, o caminho.
Uma vez tive o prazer de assistir a uma conferência de Cunhal, sobre ..arte, no museu de Aveiro. Foi uma delícia ver aquele veterano discorrer sobre arte com uma autoridade e vivacidade surpreendentes.
Respeito Cunhal, pela sua densidade cultural, pela sua coerência, pela sua coragem de "anti-fascista".
Sempre estive na oposição às suas ideias políticas, mas imagino quanto doloroso foi para ele verificar que a História ainda lhe reservava um lugar na primeira fila para assistir ao adeus a Lénine feito por milhões de cidadãos em todo o Mundo que descobriram a liberdade.

Nova Democracia?

Parece que finalmente se deu o parto do tão falado novo partido, o do DR. Manuel Monteiro.
Ridículo, sobretudo porque agora não há desculpas - a história política recente já mostrou o destino que está reservado a estes partidos sem uma clara origem ideológica, mantas de retalhos onde tudo cabe, o destino é uma página em branco.
Quem se lembra do PRD, do Partido da Solidariedade e outros fenómenos do género?
Se cada personalidade política resolvesse criar um partido cada vez que perde eleições internas, então não havia partidos que chegassem para satisfazer tamanhos egos.
Nas expressivas declarações de Manuel Monteiro, a Nova Democracia é..."o partido dos que vão de autocarro para o trabalho e enfim, também dos que vão de carro" . O lider não poderia expressar de forma mais elouquente o que aquilo pretende ser- tudo e nada.
A renovação da Democracia é necessária, mas não passa por inventar novos partidos, só porque as pessoas são ambiciosas e não foram satisfeitas pretensões de uma certa individualidade.
Não admira que o Dr. Monteiro não se preocupe em dividir o seu próprio espaço político - não foi isso que sempre andou a fazer afinal?

02 novembro 2003

19 setembro 2003

Mortes no Verão?

Peço desculpa à Algarvia do Nuorte (e não a Matamouros, como por lapso escrevi) pela resposta tão tardia. Propunha-me um comentário a declarações do ministro da saúde sobre o reduzido número de mortes em consequência do calor.
Que disse o ministro afinal? Que afinal, apesar dos profetas da desgraça, ávidos de explorar mais uma desgraça neste Portugal tão pouco orgulhoso de si, não houve uma situação descontrolada em face do calor exagerado. Claro que num ápice muitas das mortes serviriam bem a causa da catástrofe (afinal em França, como não em Portugal?), mas o certo é que, apurado o saldo a sério, resultou um número, convenhamos modesto, de 4 mortos pelo calor. Com isto não está o ministro a minimizar o sofrimento das familias das vítimas, está a ser rigoroso e a não embarcar na onda de calor circunstancial. Não adianta tentar dramatizar e empolar declarações tirando-as do seu contexto, apesar de perceber que, se fosse jornalista ou lider do PS, isso pudesse ser ...tentador.

De volta. Arcahon - Aveiro

Provavelmente os (des)afortunados leitores deste blog terão pensado que este é mais um que se foi com as férias. É certo que houve um hiato. mas a intenção é continuar, apesar dos ritmos agora serem outros.
Estive em França, Arcachon, cidade irmã da minha, tão parecida nas paisagens, na água, tão diferente nas gentes, quanto Portugal da França.
Basta viajar um pouco para reforçarmos o nosso sentimento europeista e também para logo compararmos.
Arcahon é uma cidadesinha fina, feita de casas de famílias de séculos, com jardins quase do tamanho dos nossos parques. O socialista veria nisto a injustiça que há que combater se necessário pela revolução. Eu vejo que numa sociedade mais desenvolvida, respeitando a propriedade privada, dando estabilidade politica e social, todos acabarão por ser beneficiados e o objectivo último - erradicar a miséria económica, social e cultural, será muito mais eficazmente alcançado incentivando e cativando o investimento multiplicador de riqueza, do que pela via socialista, filha da inveja social que não trará senão pobreza, ainda que bem distribuída, ou melhor, generalizada a todos, excepto à nomenclatura do partido.
Acredito num sistema que numa fase saiba cativar os investimentos que façam aquecer a economia, para depois poder aplicar políticas de distribuição da riqueza.

06 setembro 2003

zapata

No Abrupto acabo de ler o azedo comentário de JPP ao programa que acabou de passar na RTP2.
Pura Propaganda, diz Pacheco Pereira, admito que sim e direi bem feita.
A mim não foi o tom propagandista que me tocou mas antes alguns pormenores que se revelaram:
O subcomandante Marcos: no seu tom calmo e esclarecido lê-se nas suas palavras um ideal e isso, concorde-se ou não com ele, é algo que já remete para saudade.
Depois custa a crer que o subcomandante seja o lobo que vestiu a pele do cordeiro, ou então é um lobo mais convincente do que o lobo mau o foi para a avozinha. Faz pensar.
Quando estive na Austrália, bem vi os aborígenes deambulando pelas ruas alcoolizados e marginalizados. Revi esses rostos nas marcas dos punhados de indígenas mexicanos.
Por vezes tropeçamos em Portugal com as condições em que vivem os ciganos, também me lembrei deles.
Nos bairros de lata de Lisboa vêm-se os negros, e outro mundo dentro do nosso mundo.
No meio disto nós os vitoriosos da história enfiamos a cabeça na areia rotulando como propaganda algo que nos incomoda?
Há que tomar precisamente lições e perceber os movimentos sociais evitando os custos da revolução.
Nem tudo será redutível à lógica das cotações da bolsa, à macroecononomia, ao sprint dolar/euro nesta Terra feita de tantas gentes.
Um social-democrata, não assiste à sociedade impávido, tem é uma metodologia de eficácia sem perder a noção do real.

02 setembro 2003

Bibliografia 2

Mea culpa: por inexperiência nestas andanças, deixei passar o comentário que se dignou fazer o Veto Politico, justamente a propósito da Bibliografia.
Antes demais vou incluir as vossas sugestões (é já uma utilidade prática deste Sumo de Laranja).
Depois, o comentário :
Concedendo-nos o benefício da dúvida, diz o Veto Politico que o passado não deve ser olvidado, mas sugerir a leitura de um programa com quase trinta anos, anacrónico e, acima de que tudo, escrito pela necessidade pragmática de afirmar o PSD como partido de centro-esquerda e social democrata, é fraca leitura para quem quer seja (ou queira aderir) ao PSD de hoje
Na sequência da anterior provocação que fiz ao Nuno, reafirmo o meu entendimento da questão: ninguém poderá entender verdadeiramente o presente de uma instituição sem saber, pelo menos, o que diziam os seus textos fundadores. Por maior que tenha sido a evolução da prática política, algo marca distintivamente os nossos partidos políticos e isso são, entre outras, as diferenças na sua génese.
Acaso achará o Veto Político que alguém poderá perceber esta estranha forma de ser que é Portugal em 2003 sem primeiro ler a nossa História e as deveras anacrónicas figuras de D.Afonso Henriques, o infante D.Henrique e demais da galeria dos notáveis?
Parece-me que se confunde governo (temporário, condicionado à gestão pragmática da coisa pública) com a instituição partido, que reflecte no seu presente os 30 anos de história que carrega.

Aliás, já reparou que o nosso (meu) partido, insiste em ser PSD, quando a conjuntura seria muito mais propícia à sua antiga denominação PPD?
Obrigado pelas suas achegas.
.

Sobre a bibliografia

Actualizei a Bibliografia da social-democracia com o livro do prof. Marcelo rebelo de Sousa que merecerá, um dia com mais vagar, a devida análise.
A propósito, o nosso amigo e companheiro Nuno (aproveito para retribuir a outro Nuno, da arte de opinar, os cumprimentos blogistas ) fez-me outro dia um comentário, ao vivo (continuamos a aguardar os teus escritos), sobre a Bibliografia. Notei nele, como adivinho em muitos outros companheiros, um certo incómodo perante algumas referências. São as origens do pensamento social-democrata e a caminhada, não adianta esconder nem acompanhar por uma bolinha de aviso para os mais novitos, a caminhada iniciou-se à esquerda.

010500037

Estranho título para este post.
Hoje não era para deixar aqui desabafos, mas quando o nosso colega Opções Inadiáveis se digna a falar deste sumo e anuncia convicto que "o tempo se encarregará de encontrar mais diferenças e mais semelhanças entre os nossos blogs", talvez o tom intimista do post de hoje se justifique..
Em arrumações lá em casa, encontrei o meu cartão da laranjinha: era o 010500037.
Lembro-me que na altura escrevia-se Hoje somos muitos, amanhã seremos milhões!. Afinal era mesmo verdade.
Era puto, mas desde que vi os tanques da polícia de intervenção ao pé da minha escola primária, por causa de um congresso da oposição democrática, em 1973, que nunca mais deixei de acompanhar o assunto dos grandes.
O certo é que depois também não me atrairam, antes pelo contrário, os que berravam para todo o lado e procuravam um fascista em cada esquina.
As palavras ao mesmo tempo determinadas e moderadas de Sá Carneiro e do PPD, cairam-me bem.
Foi assim.
Depois, mesmo sendo adolescente mantive-me atento à "guerra fria" e, acreditem, não foi preciso ver caír o muro de Berlim para descobrir o lado negro do socialismo real.
Logo, não precisei de mudar.
Pode um miúdo de 10, 11, anos ter "consciência política" ? ou somos a certa altura do PSD, do PS, do PP, como somos do Beira-Mar, do FC do Porto ou de outro qualquer de menor expressão?
Se calhar é um pouco das duas coisas, mas neste caso uma diferença é evidente: sou do Beira-Mar porque o meu pai me ensinou a ser, mas já quanto a ser do PSD...sempre fui pelo meu pé.

29 agosto 2003

laranja clonada

Ao passar os olhos pelo nosso amigo Matamouros (a quem retribuimos as amáveis palavras de incentivo blogista), deparamos com o que mais parece um clone deste nosso sumo.
O Opções Inadiáveis sem dúvida que parece geminado connosco. Coincidências à parte, vou já marcar as diferenças: O Sumo de Laranja, confessa o seu incontornável bairrismo (Aveiro sempre!) e o seu cego clubismo (Beira, Beira, Beira-Mar).

Presidenciais

Luis Filipe Meneses é um autêntico agitador político. Pode provocar alguns dissabores mas o certo é que a vida política portuguesa tende inexoravelmente para a estagnação, pelo que umas ondulações de vez em quando até poderão ter o seu quê de benéfico.
O campo não socialista não pode permancer na atitude de "esperar para ver", sob pena de continuarmos fiéis a esta "tradição" de ter um presidente de esquerda.
Será que Portugal ainda não amadureceu politicamente o suficiente para ter um presidente fora do quadro republicano,socialista,laico, tão bem enunciado por Mário Soares?
È tudo uma questão de estratégia, ou falta dela neste caso. Desde Sá Carneiro que ou escolhemos mal os candidatos ou somos ultrapassados pela dinâmica à nossa esquerda.
Não faltam nomes e de momento até há finalmente um bom entendimento entre PSD e CDS.
Haja bom senso e uma fuga para frente.
Voltarei ao tema.

24 agosto 2003

Aviso à navegação

Não será demais esclarecer o que preside à ideia deste blog. È um espaço de uso da liberdade que a revolução (tecnológica, da comunicação) nos deu.
São outros abris. Há até quem diga que com a Net é que a verdadeira liberdade de expressão começou.
Realmente aqui não há censura, nem declarada, nem encapotada.
Este não é um blog sujeito a visto prévio de qualquer orgão de partido, antes pelo contrário.
Será um olhar sobre o correr da política, mas com um posicionamento claramente definido.
Este blog quer provocar outros à reflexão sobre o quadro de referência política em que nos situamos, o PSD, e fazer uma leitura crítica dos acontecimentos.

Achas na fogueira

Paralisado pelos escândalos em que alguns dos seus mais destacados elementos se viram envolvidos, o PS andou à deriva.
Eis quando mentes brilhantes, mestres da estratégia, sugerem o novo lema para a época: atear o fogo político a todo o custo e usar os salvados ou que quer que seja que os incêndios tenham deixado nas terras de Portugal e,sobretudo nas mentes dos portugueses, para avivar as chamas da política.
A nova passionaria, tentando mostrar serviço a todo o transe, em vez de discretamente deixar passar o episódio Magiollo, atiça, aqui também, fogos que não existiam, ou pelo menos já estavam na fase do rescaldo.
Asssim não!

17 agosto 2003

Bibliografias

Fontes para compreender o que é isso de "ser do PSD"...

Autores Portugueses

1. A Social-Democracia para Portugal, Programa do Partido Popular Democrático. Aprovado no 1º Congresso Nacional, reunido em Lisboa nos dias 23 e 24 de Novembro de 1974.

2. Por Uma Social-Democracia Portuguesa. Francisco Sá Carneiro. Ed. D. Quixote (Selecção e coordenação de Pedro Roseta).1975

3. A Revolução e o Nascimento do PPD. Marcelo Rebelo de Sousa. Bertrand Edit. 2000.
(Incontornável para entender o PPD/PSD.)

Autores Estrangeiros

1. Os Pressupostos do Socialismo e as Tarefas da Social-Democracia. Eduard Bernstein. Ed D. Quixote.1976

Tiro ao alvo

Somos o alvo.
O PSD já passou por esta fase, a do poder. Convenhamos que não é fácil, não é agradável defender quem governa, sobretudo num contexto em que um senhor engenheiro (é certo que de pouca prática) deixou o país num pântano.

Maioria não silenciosa

Tentei adiar mas, confesso que a tentação era muito forte: não gosto de passar ao lado das movimentações que refrescam a nossa vida em comum. Então porque não dar um pouco de sumo de laranja?
Arrisco-me a "levar porrada", no entanto estou legitimado pelo mestre dos blogs á portuguesa , JPP, com o seu inconfundível Abrupto
Para já seguem os primeiros ensaios na blogosfera.
Que fique bem claro: ninguém me encomendou sermão.
Simplesmente esta maioria não pode ser outra maioria silenciosa.